Para nós, as mais interessantes atrações do caminho são as pessoas. Pessoas são como presentes que encontramos pela vida afora. Trazem em seu interior surpresas. Precisamos apenas decifrar seus códigos, abrir suas embalagens. Ou ajudar a que se abram sozinhas.
Conversar com alguém em seu próprio habitat é como mergulhar na natureza e ter contato direto com a fantástica fauna e flora que existe ao redor.
Sempre nos surpreendemos. Muito mais que uma caixa de perfume, um adorno ou um produto de alguma “grife” famosa, as pessoas se assemelham a livros. Algumas são como uma coletânea de poemas. Ou se parecem com curtas e surpreendentes histórias.
Existem aquelas que passam por nós e quase nem as percebemos, como acontece quando entramos numa livraria ou biblioteca. Outras chegam chamando atenção, como lançamentos de editoras que fazem estardalhaço. Há algumas superficiais, simples, diretas: são os contos leves de verão. Outras, mais complexas, revelam-se pouco a pouco como uma densa trama. Há que se ter paciência. Exercitar a sensibilidade, a empatia e mais que tudo, a capacidade de ouvir ou melhor, de ler.
O sabor da jornada é desfrutar de cada encontro, como se fosse um presente colocado em nosso caminho. Afinal, para os outros, nós também somos presentes.
Que tipo de livro queremos ser?
Boa jornada para você
Cristina e Fernando
Mediterrâneo, Espanha. (38° 36′ 0″ N, 0° 3′ 0″ W)